Segundo estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde), ocorre 1 suicídio a cada 40 segundos no mundo. Isto significa que no Brasil ocorre um suicídio a cada 45 minutos.
Como estamos no Setembro Amarelo gostaria de falar sobre este tema doloroso, mas que deve ser debatido principalmente no meio evangélico, já que pregamos tanto a salvação deveríamos prestar mais atenção no que está acontecendo. Vejamos:
As estatísticas sobre o suicídio no mundo
Você deve levar de 3 a 4 minutos para ler este artigo completo. Isso significa que enquanto você lê, ocorrerão de 2 a 4 suicídios no mundo. Não são tentativas, são suicídios mesmo, ou seja, filhos que ficarão sem o pai ou sem a mãe, pais que ficarão sem os filhos, amigos e familiares que ficaram traumatizados pelo resto da vida, sem falar na própria vitima.
São 1 milhão de suicídios por ano, ou seja, 1,4% dos óbitos totais. Infelizmente em países subdesenvolvidos como o Brasil temos o problema da subnotificação que não permite sabermos ao certo quantas pessoas tiraram a própria vida. Os números com certeza são maiores que os apresentados recentemente, mas não podemos precisar com 100% de certeza.
Isto não é problema somente do Brasil, já que a OMS considera que somente 60 países, dos 172 filiados enviam dados realmente precisos sobre este tema, dos que enviam a maioria são países desenvolvidos.
O Grupo de risco
Especialistas de diversos países criaram o que chamamos de “Grupo de Risco”, ou seja, pessoas com essas características estão mais propensas a cometer suicídio, veja:
- Jovens entre 15 e 29;
- Idosos acima de 75;
- Homens;
- Divorciados, viúvos e solteiros;
- Profissionais da área da saúde;
- Desempregados;
- Pessoas que já tentaram se suicidar;
- Pessoas com transtornos mentais;
- Ateus.
Os sinais
As pessoas que estão pensando em tirar a própria vida deixam sinais, as vezes até involuntários, sobre o que estão pensando. Para facilitar, separei os sinais em três grupos.
Grupo 1
Pessoas neste grupo tendem a dizer frases como: “Não vejo mais sentido na vida” ou “quero acabar com tudo” entre outras frases que indicam exaustão da vida, desanimo, pessimismo e por consequência um descontentamento com as coisas simples da vida.
É óbvio que nem todas as pessoas que dizem isto vão se suicidar, mas a maioria que o fizeram, apresentaram estes sinais antes.
Grupo 2
Este grupo requer um pouco mais de atenção, pois demonstram fisicamente e não só com palavras o que estão sentindo: Mudanças bruscas de humor, tristeza, isolamento, ansiedade, uso de substâncias tóxicas e insonia são alguns exemplos de pessoas que podem estar neste grupo.
A ideia é sempre procurar um profissional, seja um psicologo ou um psiquiatra para conversar a respeito.
Grupo 3
Este grupo requer muito mais cuidado, pois são pessoas que podem já terem uma decisão favorável ao suicídio: Despedidas (procurar parentes distantes, amigos de infância… somente para se despedir), organização financeira (pagam todas as contas para não deixarem para a família), desapego (se desfazem de seus bens), falta de planos (só falam do passado e relembram momentos felizes), melhora repentina (quando toma uma decisão, normalmente o conflito interno diminui, o que pode demostrar uma melhora significativa).
A orientação nestes casos é procurar ajuda imediatamente!
O que fazer?
Se você acha que alguém está pensando em se matar e não sabe o que fazer, siga as orientações abaixo:
- Converse de forma direta, mas sem julgamentos. Tente identificar o grupo em que ela se encontra: 1,2 ou 3.
- De maneira bem sutil e delicada ofereça ajuda para leva-la(o) a um psicologo ou psiquiatra.
- Ouça, ouça e ouça muito. Não interrompa, não emita opiniões, não faça julgamentos, não diga que outras pessoas também estão passando por isso, não mostre-se chocado, não diga que não tem tempo e não ofereça ajuda religiosa.
Conclusão
Com números tão alarmantes como os apresentados pela OMS, fica a pergunta sobre o que nós, evangélicos, estamos fazendo em relação ao suicídio?
Brigamos por templos, brigamos por teologia, brigamos por tempo de televisão, brigamos por cargos públicos e dizemos que os suicidas irão todos para o inferno.
Olhando para o tanto de coisas que brigamos sem sentido, olhando para o tanto de coisas inúteis que os evangélicos estão se metendo, olhando para tudo isto eu te pergunto e preciso que responda com toda a sinceridade: o que Jesus faria? Continuaria brigando por coisas inúteis ou iria brigar pelo que realmente interessa?
Fonte das informações: https://www.prevencaosuicidio.blog.br
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